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Setor eletroeletrônico crescerá 7% em 2018

O faturamento da indústria eletroeletrônica deve encerrar 2017 em R$ 136 bilhões, o que representa um crescimento de 5% em relação ao ano passado, revertendo a tendência de resultados negativos dos últimos três anos. As informações são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que prevê que a produção do setor cresça cerca de 7% em 2018, considerando a perspectiva de crescimento do PIB de 2,5%.
A produção industrial deve fechar o ano de 2017 com aumento de 5% na comparação com 2016, mesmo percentual é esperado para os investimentos, que devem encerrar o ano com resultado de R$ 2,5 bilhões ante R$ 2,38 bilhões no ano passado. A utilização da capacidade instalada do setor passou de 71% para 77% em 2017. O desempenho é motivado pelo crescimento dos segmentos de bens de consumo, especialmente das áreas de informática e telecomunicações.
Os setores que dependem de investimentos mostraram pouca variação entre 2016 e 2017. É o caso do setor de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) e de equipamentos industriais. As empresas desses segmentos sentiram redução das encomendas e reflexo do fluxo de caixa das distribuidoras, tendo em vista o custo da energia mais elevado em decorrência do acionamento das usinas térmicas.
Segundo a Abinee, o número de empregos no setor, que era de 232,8 mil no final de 2016 deve fechar o ano em 237,2 mil trabalhadores. “Aos poucos a economia vai se reativando e o nosso setor parece um dos primeiros a dar sinais claros de retomada”, disse o presidente do Conselho da Abinee, Irineu Govêa. No entanto, apesar do crescimento do número de empregos, o setor ainda não recuperou as perdas nos níveis de emprego. Para se ter uma ideia, em dezembro de 2014, a indústria elétrica e eletrônica empregava 294 mil trabalhadores.
No que tange às exportações, o crescimento deve ser de 3% neste ano de 2017, passando de US$ 5,6 bilhões para US$ 5,8 bilhões. Já as importações devem subir em torno de 17%, alcançando US$ 29,9 bilhões no encerramento do ano. Com isso, o déficit da balança comercial atingirá US$ 24,1 bilhões, valor 21% superior ao apresentado no ano passado, de US$ 20 bilhões.

Perspectivas para 2018

As empresas do setor eletroeletrônico projetam para 2018 crescimento de 7% no faturamento em relação a 2017. A projeção leva em consideração a nova estimativa do PIB prevista para o ano, de 2,5%. Os investimentos da indústria eletroeletrônica devem aumentar 10%, alcançando o montante de R$ 2,76 bilhões em 2018. “2018 terá um ambiente de expectativas positivas, favoráveis para o setor eletroeletrônico”, avaliou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
A estimativa da Abinee é que o nível de emprego aumente para 241 mil postos de trabalho, um incremento de 3,8 mil pessoas. As exportações e as importações também devem crescer em 2018. As exportações devem aumentar 3% e as importações subirem 5%. “Estamos percebendo que grandes empresas de elétrica e eletrônica começaram a procurar a Abinee em busca de maneiras para facilitar a exportação. A perspectiva de 3% de aumento nas exportações parece pouco, mas não é. Se a indústria eletrônica começar a exportar efetivamente, esse incremento deverá ser bem maior”, prevê Barbato.
Surpreendeu a projeção da Abinee para o setor de GTD, que regrediu 1% em 2017, e deverá crescer 10% no próximo ano. Barbato explica que os leilões frustrados de 2016 anularam a reposição de encomendas nas fábricas. “Em 2017 praticamente se vendeu somente o resquício dos leilões anteriores”, diz.
Os leilões de energia que ocorreram no final de 2017 deverão trazer algum fôlego para o setor e novas encomendas passarão a ser feitas, o que explica a estimativa de crescimento para este segmento. “O que norteia GTD é essa expectativa de colher os frutos dos últimos leilões. Isso especialmente para o setor de transmissão. Para geração, pretendemos levar para o presidente uma política de geração utilizando as renováveis, que são fontes econômicas de geração”, conclui Barbato.

Fonte: https://www.osetoreletrico.com.br