ploter

Microturbina usa força da água para gerar energia em rede de saneamento básico

Baterias são críticas para garantir uma gestão eficiente do sistema de abastecimento de águas. Elas são o coração de sensores inteligentes que medem pressão, vazão e qualidade de água, são também responsáveis pelo abrir e fechar de válvulas de redução de pressão e pelo funcionamento de equipamentos para o armazenamento e transmissão de dados, via Internet das Coisas. Mas implantá-las em um sistema de mais de 73 mil quilômetros de tubulações, como é o caso da região metropolitana de São Paulo, implica em desafios importantes.
Em São Paulo, a Sabesp está enfrentando esses desafios usando o mesmo conceito usado em hidrelétricas para gerar energia em um projeto piloto na Vila Prudente e na Cidade Universitária, em São Paulo (SP). Nestes bairros, a companhia de saneamento básico de São Paulo empregou tecnologia israelense da ATME Eco Solutions para tirar proveito do fluxo das águas contido na tubulação de água, girando uma microturbina que produz eletricidade de forma não poluente e cujas baterias são continuamente recarregáveis pela corrente interna da tubulação.

O sistema

Uma microturbina hidrogeradora instalada em uma tubulação de quatro polegadas produz energia suficiente para alimentar diversos dispositivos, entre eles, equipamentos de telemetria com chips de celulares que enviam informações à central. Com essa informação em mãos, a central toma a decisão de acionar a abertura ou o fechamento de válvulas ao longo de toda a malha de tubulações no subterrâneo da capital paulista, além de identificar os pontos de vazamentos.
A gestão “pente fino” da força com que as águas circulam na tubulação é fundamental para a cidade, pois permite aumentar a pressão quando há maior demanda por água, nos horários de pico, assim como diminui-la, quando há menor consumo, o que contribui para reduzir a força dos vazamentos em toda a rede.
A Sabesp informa que, com a instalação da microturbina em sua rede da Sabesp, a transmissão de dados pode ser realizada de 15 em 15 minutos. Em comparação, nos sistemas tradicionais, alimentados por baterias químicas, os equipamentos são ligados apenas a cada seis horas, já que sua vida útil se reduz quanto mais vezes são acionadas.
Fonte: https://www.osetoreletrico.com.br/